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Amadora 2009 – Eu contribuí. E vocês?

Terminou o Amadora BD deste ano. Com todas as condicionantes e cortes orçamentais anunciados, e perante o espectro (eterno, diria) da crise, acabou por ser uma agradável surpresa. Foi um evento participado, animado, com um feeling refrescante e um salutar ambiente de renovação com muitos autores novos e muita gente nova. Muito se tem já dito e escrito sobre o evento, desde análises sérias e ponderadas, aos habituais muros de lamentações de quem muito exige e pouco faz.

Justiça reposta
O festival tem defeitos? É óbvio que tem, caso contrário não se gastariam centenas de linhas a falar deles, em blogues e afins. Mas é, inequivocamente, o único festival de verdadeira dimensão nacional e internacional, o único que atrai verdadeiro público, o único que justifica investimentos editoriais, o único que justifica o investimento do (muito) tempo gasto na sua preparação e participação. Depois, o festival é vítima de duas das piores características do povo português, se quisermos acreditar em tais atavismos: o nacional-porreirismo e a, aparentemente oposta, maledicência militante. Se por um lado se adoram os elogios vácuos, as palmadinhas nas costas, os incentivos hipócritas e o culto da mediocridade, por outro cultiva-se o negativismo fácil, mal informado e bastas vezes infundado. Mas experimentem ler as opiniões dos autores estrangeiros que nos visitam; experimentem ver as fotos de outros eventos análogos que se realizam no estrangeiro. Chegarão facilmente à conclusão que poucos serão os eventos do género que cheguem, sequer, aos calcanhares do Amadora BD, nomeadamente no cuidado cénico do espaço, na cenografia das exposições, nas honrarias com que recebe os seus autores convidados, nomeadamente os que vêm de fora. É fácil dizer-se mal do festival quando as únicas realidades que se conhecem, ou se julga conhecerem, são as de Angoulême ou das mega-convenções americanas. E mesmo estas últimas não passam de espaços glorificados de vendas e encontro de fãs, negando por completo a celebração da BD enquanto forma de arte, através das exposições de originais comuns nos melhores certames europeus.

A localização
Quanto ao espaço, o mais relevante é não continuarem a suspirar pela Fábrica da Cultura porque isso foi chão que deu uvas cujo mosto secou há 9 anos. A fábrica apodreceu, a câmara não a reabilita, ponto final. Escusamos de passar a vida com o eterno saudosimo português do “antes é que era”. Já vamos em 4 anos consecutivos de Fórum Luís de Camões e o espaço é perfeitamente adequado às necessidades e dimensões do festival. O estacionamento é escasso? E por acaso na Fábrica da Cultura era melhor? A grande mais-valia da fábrica era o impressionante pé-direito que permitia erigir uma espécie de 2º piso em estruturas de andaimes. Só que consta que essas mesmas estruturas comiam boa parte do orçamento, em tempo de vacas gordas, pelo que é fácil de prever que seriam proibitivas no presente.

A renovação
Depois, fala-se constantemente da necessidade de renovação do festival, como se isso fosse algo que tivesse de ser feito apenas de x em x anos. Não! A renovação do festival, quer da organização quer dos restantes agentes intervenientes, tem de ser anual, tem de ser permanente. A velocidade de mutação dos gostos (pelos menos dos visitantes mais jovens e escuso de explicar porque é que o futuro de qualquer evento passa por eles), a constante renovação gráfica e aparecimento de novos autores não se compadece com mini-revoluções periódicas, como se de um simples botão de shift de tratasse. Essa evolução tem de ser contínua, feita a cada ano, muitas vezes, se calhar, de forma até quase imperceptível para os menos atentos. Deus (ou será o diabo?) está nos pormenores, e passa muito por aí os incrementos de qualidade que urge fazer; mas que urge fazer sempre, todos os anos, e não apenas a cada 5 ou 10 anos.

A principal crítica
Ponto assente, e principal crítica que faço à organização: é raro o ano em que não se melhore alguma coisa, mas que, fatalmente, não se piore significativamente outra. Exemplos maiores: a área comercial e a zona de autógrafos. No ano passado, tivemos uma das melhores áreas comerciais de sempre, em espaço aberto, ao redor de uma praça central desafogada; em contrapartida, os autores foram enfiados numa pseudo-nave espacial feita à medida de anõezinhos de jardim (se eu me sentia enclausurado, não quero imaginar o pobre João Mascarenhas, que tem mais 27cm que eu…). Chegamos ao corrente ano de 2009 e voltamos a um modelo adequado para a zona de autógrafos, mas eis que a área comercial regride de forma absurda e inexplicável, fazendo lembrar o ano negro de 2005. Voltam as traves inúteis e bloqueadores da visão, volta o calor, volta a pintura a negro do interior dos stands, volta com isso a falta de luz. A melhor arquitectura, o melhor design, são sempre aqueles que melhor servem a funcionalidade, sem descurar, obviamente, o sentido estético da coisa. Colocar traves estilo pilar em frente aos stands ou pintar o interior destes de preto, impedido qualquer propagação eficiente da luz, revela total ignorância funcional ou comercial, total falta de senso comum, em suma, falta de competência profissional naquilo que deve ser o trabalho de um arquitecto ou designer. Em resumo, é estúpido! E eu adoro preto, atenção; mas há uma diferença abismal entre apontamentos a preto e paredes varridas a preto.

O balanço comercial
Quer com isto dizer que as vendas foram más, uma catástrofe? Não, bem pelo contrário. Pela parte que me toca, 2009 foi o melhor ano de sempre do ponto de vista comercial. Assumo sem rodeios que não previa isto ao chegar na primeira 6ª feira, dia da inauguração, e deparar-me com a área comercial e, em particular, com o espaço que me estava destinado. Aliás, quem estava ali por perto (e talvez até outros não tão perto assim) ter-me-á ouvido decerto berrar alto e bom som e proferir uma série de impropérios com direito a bolinha vermelha. Mas baixei os braços? Resignei-me a um destino negro e irreversível, leia-se a fracas vendas? Não. Olhei para aquela “coisa” e procurei a melhor forma de potenciar o espaço e de minorar as perdas, que acabaram por nem ocorrer, bem pelo contrário. Teria sido mais fácil ir para a net queixar-me da organização e do mundo, e decretar o princípio do fim do festival, ou encolher os ombros e continuar sossegadinho atrás do meu balcão, à espera que qualquer Godot se dignasse a aparecer. Critiquem o que tiverem de criticar, reclamem com quem de direito, mas façam-no com autoridade moral para tal. Não olhem só para o umbigo dos outros; experimentem espreitar o vosso e talvez percebam que, afinal, há coisas que se começam a construir “em casa” e que não cabe à organização de um festival fazer por vós.

Os convites a autores estrangeiros
E quanto aos autores estrangeiros ou à pouca abundância deles? É certo que, idealmente, caberia à organização convidá-los antecipadamente ou pedir sugestões de nomes a editores e livreiros. Mas já que não o faz, por inércia ou por desconhecimento, porque não tomam certos editores e livreiros eles próprios a iniciativa, ao invés de estarem à espera de serem sempre os mesmos dois (ou três, na melhor das hipóteses) a fazê-lo? Se cada editor/livreiro convidasse ou sugerisse anualmente à organização 3 ou 4 nomes, imaginem a qualidade do cartaz que teríamos para o evento. E um melhor cartaz traria inevitavelmente mais visitantes, mais notoriedade e, logo, mais vendas. Com a disseminação de blogues, sites, redes sociais e quejandos, é fácil e rápido entrar em contacto com parte significativa dos autores profissionais que trabalham nos mercados internacionais. Tomem a iniciativa. Não se limitem a criticar, não se limitem a esperarem sentados.

As outras iniciativas
E quem fala em convites a autores, fala naturalmente noutra iniciativas. A organização disponibiliza um auditório, um palco, uma área de workshops, uma área infantil. Usem-nos! Puxem pela imaginação e tornem o festival num local cada vez mais interactivo, cada vez mais interessante para novos visitantes, em vez de se passar o resto da vida a agradar aos convertidos do costume.

Os Prémios Nacionais de BD
Outro ponto a criticar no festival é o modelo de atribuição dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada, em particular devido ao modelo anacrónico e desajustado da votação. Já que as nomeações são feita por um júri seleccionado e que tem acesso em pé de igualdade a todos os livros a concurso, porque não adoptar um modelo semelhante, mais alargado, para a atribuição final dos vencedores? Uma espécie de Grande Júri, composto por 15 ou 20 pessoas, que tivesse acesso atempado aos livros nomeados e pudesse assim decidir em consciência, em função da qualidade real das obras, e não apenas com base na notoriedade dos nomes envolvidos. O sistema actual por votação postal, aliado à parca distribuição de parte sinificativa dos livros nomeados, é extremamente dissuasor do acto de votação, olhado com desinteresse e quase como um fardo para quem recebe em casa a cartinha da praxe com a lista dos nomeados.

Casos perdidos
A descentralização do festival é uma aposta política que parece imutável. Não funciona, mas quanto a isso muito, e bem, já foi dito, pelo que não vale a pena bater mais nesse ceguinho. Outros ceguinhos há, porém, que não se livram da sova (e perdoem-me o mau gosto do trocadilho) como o eterno, indesculpável e inqualificável atraso no catálogo e no programa do festival. Que ocorra num ano, desculpa-se; que ocorra sistematicamente, é puro desleixo. Tal como insistir em sessões de autógrafos marcadas para as 15h, quando o festival ainda está às moscas e, sobretudo, quando os autores estrangeiros ainda estão envolvidos em almoços oferecidos… pela organização. Lá está, detalhes; e estes seriam tão simples de resolver. Em prol do festival, em prol dos autores, em prol dos visitantes. Que venha o próximo. Que seja ainda melhor. Eu vou fazer por isso. E vocês?

Comentários

Unknown disse…
Boa análise,

Eu pessoalmente fiquei com uma opinião tão negativa em relação aos aspectos acessórios de uma exposição daquelas que preferi nem falar do Amadora BD.

Sinceramente não me importa muito onde é o festival, desde que seja num sítio servido por transportes públicos como foi o caso quer na Fábrica, quer na Escola Intercultural, quer no Metro...

É que só pude ir porque um familiar me deu boleia. Acho principalmente mau numa altura que se discute a insustentabilidade do uso despropositado de automóveis, o maior festival de BD de Portugal, obriga os visitantes a irem de carro.

Claro que vão me dizer que havia camionetas (só quem nunca andou naquelas camionetas é que acha que são transporte válido) e um metro supostamente lá perto (supostamente é mesmo a palavra porque para quem n conheça a Brandoa, nem dava com aquilo e habilitava-se a voltar mais "leve" para casa).

De resto, percebo o porquê da ausência de vendedores durante a semana, principalmente com tão má localização que só prejudica o número de visitante e logo compradores e claro, estamos naquela coisa da crise...

Valeu a qualidade das exposições para esquecer isto tudo durante uns minutos.
Raquel_Pires disse…
Concordo com o Mário em muitos aspectos, alguns assuntos transcendem-me enquanto visitante pelo que não me considero habilitada para os comentar!
Quanto à questão dos transportes, eu o ano passado e este ano fui de Metro e desde a estação de Alfornelos até ao Fórum Luis de Camões, fui muito bem, passeei um pouco e não fui inportunada por ninguém!
Mário Freitas disse…
Sobre este assunto, leiam um post da Ana Vidazinha em http://asanegracomics.blogspot.com/2009/11/ainda-sobre-o-amadora-bd.html e os comentários seguintes que aprofundam o tema.
João Figueiredo disse…
Dizer apenas que, do que já li de toda a gente nos vários blogs, me dá a sensação que a comunidade Bedéfila, sejam editores, autores e leitores, precisa cada vez mais de estar unida e de trabalhar para essa união, ajudando-se mutuamente e, de forma unitária, trabalhar para encontrar soluções para as dificuldades que enfrenta. Concordo no geral contigo Mário, com a análise que fazes e admiro que, mesmo com dificuldades, tenhas tentado (e pelos vistos bem) conseguido fazer frente às "intempéries". A tua vontade de ser autónomo e não ficares dependente de problemas da organização, revela que, a ser uma atitude concertada com outros, poderá dar frutos.
Quero-te agradece, assim como já agradeci ao Hugo Teixeira e a outros, pelo facto de terem livrarias especializadas. Há 10 ou 15 anos, dizia-se que se estava melhor na BD, de facto todo e qualquer quiosque tinha Homens-Aranha, Tios Patinhas, etc, etc. Neste momento não, mas já existem casas especializadas (algumas infelizmente com o risco de fecharem). E publica-se muito mais BD Nacional que antes. Mas ainda há muito para fazer e, neste momento, só mesmo unindo o pessoal é que se pode contrabalançar a maré.
João Figueiredo disse…
Mário, do que vi nos vários blogs sobre o rescaldo do Festival, fica-me a ideia de que a comunidade bedéfila (Editores, Autores, Leitores), precisa de se unir e de trabalhar em prol dessa união. É preciso haver muita ajuda mutua e muita vontade em querer trabalhar de forma unitária, para se enfrentar estas dificuldades.
Já disse ao Hugo Teixeira e também te digo que é muito bom existirem casas especializadas em BD (se bem que algumas estão em risco de fechar). Se há 10 ou 15 anos se dizia que se estava melhor na BD e todos os quiosques tinham Patos Donalds ou Super-Homens, agora isso não acontece mais já existem casas especializadas. E há mais BD nacional a ser publicada.
Abraços
Geraldes Lino disse…
Viva Mário Freitas
Só agora calhou ler esta tua extensa e bem elaborada análise crítica ao Amadora BD/2009.
Contrariamente ao que é habitual nos portugas, que se limitam a dizer mal, foste construtivo, racional, pragmático, sem deixares de bater em alguns pontos negativos em que tal se justificava.
Claro que todos os anos há aspectos que funcionam melhor, e outros que, ao invés, pioram.
Por exemplo: houve um aspecto que piorou em relação à Escola Intercultural, onde havia um quadro, logo à entrada, em que estava bem visível o programa do dia (palestras, apresentação de autores convidados, quais os autores que estariam a autografar,etc.). E desta vez apanas havia um pequeno desdobrável com a programação.
E não passa pela cabeça de ninguém que as pessoas andem sempre a consultar um pequeno programa, em caracteres pequeníssimos, e pouca gente tem capacidade para memorizar os horários das diversas iniciativas, que acabam por passar despercebidas.
Disse isto ao Nelson Dona, e ele concordou. São pormenores que, todos juntos, acabam por ser determinantes na boa impressão com que ficam (ou não) os visitantes.
Abraço.
GL
Pedro Figueiredo disse…
Ponto assente. O Amadora BD, ou FIBDA, ou lá como se o queira chamar não funciona. Não serve o público, não serve a autarquia, não serve os autores e muito menos os profissionais da área. Sobrevive apenas, por teimosia de meia dúzia de funcionários camarários, sequiosos de mostrar "trabalho" feito. Basta aliás, visitá-lo ano após ano para verificar que nada muda. Aliás muda, mas sempre para pior. Porque não fazem mais os agentes da Bd para dinamizar o Festival? Porque a Banda Desenhada é, e será sempre, o parente pobre da literatura comercial que as grandes editoras insistem em manter apenas para encher (fundo de) catálogo! Todos os anos se fala, e fala, e fala do que é preciso mudar, fazer, planear, estruturar e chegados a Outubro, tudo na mesma. Se já ninguém tem pachorra pró "Amadora" porque raio editores, livreiros, associações, organismos oficiais, patrocinadores e mecenas não se unem para criar um novo festival?!? Repartindo-o, por exemplo, por vários centros urbanos (Lisboa e Porto, quem sabe?), bem localizado, servido por boas acessibilidades, infra-estruturas, promoção, divulgação, organização? Só com blá, blá, blá, é mais que certo não se chegar a lugar algum...
Mário Freitas disse…
Pedro, muito honestamente, ou não leste o que eu escrevi ou não percebeste patavina do que disse. Ou então, em alternativa, estás a ajudar a veicular a opinião de quem não aposta, nem apostou ao longo da última década, no festival, de quem deixou de estar presente por não perceber a evolução ocorrida, logo, de quem não sabe do que está a falar.

O festival serve-me a MIM enquanto retalhista que aposta em novidades e não em monos; serve-me a MIM enquanto editor que aposta em novos lançamentos em vez de reciclar antigos; serve os autores portugueses que tenho ajudado a lançar e dado a conhecer ao público que continua a comparecer de forma significativa no festival; serve os autores estrangeiros que são recebidos e tratados como em mais nenhum lado e não cansam, aliás, de o repetir; serve, aparentemente, ao público que continua a comparecer e a comprar (aquilo que realmente lhe interessa e não aquilo que lhe querem impingir a pseudo-preços de saldo), porque não me parece que as minhas vendas deste ano tenham caído do céu; serve, em particular, à comunidade de manga/anime/cosplay que, ano após ano, "invade" cada vez mais o espaço.

Quanto à tal alternativa, foi tentada em Lisboa durante um único ano. Consta que foi um grande sucesso. Nunca mais houve. Se calhar era só blá blá blá. Por mim, vou continuar a trabalhar.

Abraço,
Pedro Figueiredo disse…
Mário,

O comment que coloquei foi na perspectiva de visitante FIBDA e mais nada (como tal certas "carapuças" não me servem até porque não faço da Bd negócio). Pseudo-rotulagem à parte, não quero entrar em quezílias contigo, nem com ninguém. Limitei-me a expressar a minha opinião num canal criado para o efeito. Talvez o problema seja meu, talvez tenha colocado a fasquia alta demais relativa à Bd em Portugal. Muito sinceramente, depois da edição de 2009 não pretendo voltar a meter os pés no Festival. Não pela localização do mesmo (não vale a pena estar a malhar mais no ceguinho) mas por sentir que já não me traz nada de novo. As mesmas caras, os mesmos moldes, os mesmos autores... Mas pelos vistos há quem continue a gostar do formato da coisa. Nem que seja para amealhar mais uns cobres. Opinião nem sempre partilhada por todos os retalhistas, editores, autores ou público em geral. Mas num país onde existe apenas um único grande evento bedéfilo, pouco e mauzinho sempre é melhor que nada. Quanto à comunidade de manga/ anime/ cosplay parece-me ter os seus próprios festivais bem melhor organizados e agendados um pouco por esse Portugal fora onde são mais bem tratados e não olhados de soslaio como os “totós-excêntricos-que-gostam-de-se-mascarar-de-mangá”. E, acredita meu caro, sei bem do que falo. Mas, lá está, opiniões são como as pilas, cada um tem a sua.

Aquele abraço. Keep up the good work!

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